O sonho de ser Bi em Londres não
acabou, mas vamos encarar a realidade. O caminho que já não era fácil ficou
ainda mais difícil. Ganhar uma medalha de ouro, dentre outras coisas significa
se submeter a uma jornada árdua e longa, onde os envolvidos são diariamente
submetidos a escolhas difíceis.
“Escrevi um poema na areia
Cheio de nuanças
E de contratempos,
Ora inspirado pelo mar
Ora trazido pelo vento.
...”
Cheio de nuanças
E de contratempos,
Ora inspirado pelo mar
Ora trazido pelo vento.
...”
A Copa do Mundo não traz apenas o
gosto amargo da decepção por não garantir a vaga, isso é conseqüência. Traz
valiosas reflexões e lições. Estampa o atual cenário do voley feminino, e
coloca o Brasil não mais como a potência a ser batida, mas como mais um na
briga. As ondas nos trouxeram um novo caminho para percorrer.
“...
As ondas rebateram
Exigindo também o seu lugar,
Nem que fosse ao lado
Do ponto máximo do fim
As ondas rebateram
Exigindo também o seu lugar,
Nem que fosse ao lado
Do ponto máximo do fim
...”
Assimilar as lições, tirar algo
produtivo das reflexões não podem fazer o Brasil entrar em um círculo vicioso,
onde assimilar uma derrota ou um mal resultado, termine em um problema.
Incompreensível será ver nossas meninas sucumbirem aos obstáculos. Elas são
mais fortes e destemidas do que julgamos serem.
“...
As gaivotas sobrevoaram
Em círculos provocantes;
Enciumadas de contemplação,
Pousaram sobre palavras-chaves,
Tornando meus versos incompreensíveis.
Em círculos provocantes;
Enciumadas de contemplação,
Pousaram sobre palavras-chaves,
Tornando meus versos incompreensíveis.
...”
Talvez seja nesse momento
necessário que individualmente cada uma busque o entendimento. Porque estando
no olho do furacão a única imagem que se consegue projetar é muitas vezes do
desespero. E nem sempre a resposta, é só revolta. Se enfurecer não adianta,
pois isso cega, deixando fora de foco o objetivo.
“...
A noite foi surgindo sem pressa,
Permitindo que eu terminasse;
Mas a lua, cheia de inveja,
Se negou a iluminar.
Ela enfeitiçou o mar
Que sob seu encanto libertou a maré;
Enfurecido, eu a agredi em vão...
...”
Permitindo que eu terminasse;
Mas a lua, cheia de inveja,
Se negou a iluminar.
Ela enfeitiçou o mar
Que sob seu encanto libertou a maré;
Enfurecido, eu a agredi em vão...
...”
Em uma jornada árdua como essa, é
imprescindível que todos sejam tirados da sua zona de conforto
sistematicamente. Isso leva a novos anseios, renova desejos. As ondas que antes
nos deram outro caminho, podem muito bem nos trazerem de volta. O Brasil precisa
se permitir a isso.
“...
No dia seguinte, cabisbaixo,
Retornei à praia
Para ver o que tinha restado:
As ondas estavam calmas
E as gaivotas sobrevoavam felizes.
Retornei à praia
Para ver o que tinha restado:
As ondas estavam calmas
E as gaivotas sobrevoavam felizes.
...”
Há sonhos que valem ser
“re-sonhados”, a jornada longa passa por
caminhos difíceis, onde faz com que caminhemos lentamente, observando o que
esta em nossa volta, e provocando instintivamente em cada um a mudança
necessária para os novos desafios. Os atalhos muitas vezes queimam etapas.
“...
Caminhei lentamente pela areia
Quando, de súbito, meu olhar se aviltou
- Apenas uma frase o mar me deixou:
O sonho não acabou. “
Caminhei lentamente pela areia
Quando, de súbito, meu olhar se aviltou
- Apenas uma frase o mar me deixou:
O sonho não acabou. “
Eu não desisti de torcer, porque
vejo nelas o empenho de continuar a lutar. Não existe vitória sem dor, não existe
conquista, sem dedicação, não existe o céu sem o inferno. O sonho não acabou!!
*Poema de Agamenon Troyan, “O
sonho não acabou”.
verdade, as meninas tem garra, tem td.. isso eh so uma fase, passa logo,e quando voltar o Brasil será mais uma vez, a seleçao pra impor respeito. Sempre
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