domingo, 30 de outubro de 2011

:: De Guadalajara para Londres


Com o fim dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara o vôlei Brasil fecha a participação sendo o “melhor vôlei das Américas”. Mas somos mesmo? Vamos refletir!
Foto: Divulgação / VIPCOMM
Juliana e Larissa, ao lado de Alison e Emanuel parecem não ter concorrentes na areia,....  ou tem? As duplas Wash e May, Rogers e Dalhausser, não estavam em Guadalajara. Apesar das duplas brasileiras terem tido sets bem difíceis, não significa que tiveram adversários a altura. O Brasil em Guadajalara na areia sobrou.

Foto: Washington Alves / Inovafoto / C
Na quadra o cenário não é foi tão diferente. A Seleção Masculina de Voley do Brasil (SMV) teve um caminho mais fácil para o ouro do que a Seleção Feminina de Voley (SFV). A SMV apesar de ter levado o seu time dito B, até passou por dificuldades em alguns sets. Mas olhando para os adversários o ouro não era sonho. Os americanos não foram com seu time principal, Cuba poupou jogadores, só a Argentina foi com sua força máxima, as demais equipes só deram trabalho. A SFV foi com o que tinha de melhor no momento. Tirando os EUA que pouparam atletas, República Dominicana e Cuba estavam completinhas e são equipes que sempre dão trabalho nas competições internacionais.

Projetando para Londres o nosso vôlei pode muito bem voltar de lá com 6 medalhas. Mas não se deixem enganar pelos resultados do PAN. Para 2012 na areia as duplas americanas voltam e são eles os atuais campeões olímpicos. Juliana e Larissa, Alison e Emanuel são na verdade os desafiantes.

Foto: EFE
Na quadra a SMV é prata, o ouro é dos americanos. A SMV-B do PAN parece sofrer da mesma coisa que a SMV principal, tem panes. Bernardinho tem um grande desafio pela frente,  recente resultado da Liga deixou claro.

A SFV é a única na condição de “time a ser batido”, ouro em Pequim Zé Roberto tem uma dura missão de quem sabe levar esse grupo ao Bi-campeonato olímpico. Mas as constantes contusões  atrapalham e muito o trabalho. No último Grand Prix, o Brasil caiu diante dos EUA, ficou com o vice, mas ficou boas lições.

Foto: AFP
Podemos hoje “descansar” na posição de “melhor vôlei das Américas”, mas a verdade é que nossos adversários estão se preparando a realidade é bem outra. Para Londres temos ainda um longo trabalho para ser desenvolvido. Se na areia as coisas parecem mais claras, na quadra a ainda dúvidas, e problemas que precisam ser sanados. E hoje tenho a mesma opinião sobre a SFV e a SMV, individualmente temos grandes talentos, mas não sei se temos um grupo forte o suficiente para voltarmos de lá com o ouro.

Só o tempo dirá e eu vou adorar estar errada sobre isso!

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