domingo, 14 de novembro de 2010

:: A paixão que nunca acaba


Paixão é um sentimento bem adverso, flerta com ódio e o amor, anda de mãos dadas com a loucura e a decepção. Mesmo sendo esse turbilhão de sentimentos nos “agarramos” a ela como se nada no mundo houvesse.

Depositamos no outro (ou nos outros), toda a expectativa da felicidade plena. Cobramos avidamente pelo completo sentimento de êxtase que toda essa paixão pode proporcionar. Mudamos nossa rotina, mudamos nosso modo de vestir, exteriorizamos todo um orgulho submerso, contemplamos não só o belo como o feio.

Viramos especialistas renomados, videntes esfuziantes, pragmáticos do óbvio e sonhadores de um sonho só, nada abala a convicção dessa paixão avassaladora, ela domina e da à certeza do nirvana.

Para a paixão nada mais encanta tanto do que a “entrega”, nada enche tanto os olhos do que o “bailar”, e o pobre coração só pulsa frenético pelo “ápice”.

A paixão não vive de migalhas, ela exige o todo, o tudo, não aceita o mediano, não perdoa o imperdoável, mas segue apaixonado. A paixão chora a decepção, lamuria pelo dor, mas segue apaixonado. A paixão odeia e endeusa ao mesmo tempo o que tanto lhe faz sofrer, mas segue apaixonado.

Mas no fim é só um jogo de volei! Como todos os personagens e narrativas de uma grande paixão! Que venha 2014 e com ele todo esse pool de sentimentos!! Ninguém disse que viver uma grande paixão não doía!

A única certeza é que a paixão nunca se acaba!

Sheilla
Meninas de Ouro


@brtrinity

sábado, 13 de novembro de 2010

:: Demérito é desistir


Que sábado hem? Nada vem dado para essas meninas, tem sempre uma dose extra de emoção aliada a um sofrimento. É incrível como a confiança pode sumir diante de um ataque pra fora, de um toco, de um set perdido. Quantos desistem frente ao fracasso anunciado? Quantos se acovardam diante do mais forte? Muitos! Mas não nossas meninas.

Os desavisados e pessimistas já tinham um discurso ao final do 2º set de decepção, revolta, consternação e a busca (cultural) para eleger o culpado. Apressados! Esqueceram de quem se tratava. O Brasil não é um catado de jogadoras, não é um grupo, também não é uma equipe é um TIME! Um timaço!!

Olhem para essas meninas, vejam em cada uma delas a entrega, não é só discursos de zona mista é em quadra, é na atitude. Não lideram nenhuma estatística porque optaram por jogar coletivamente.

Fizeram um jogo duro com o Japão, não é demérito, demérito é desistir, é fugir da briga, é se esconder do embate. A diferença entre quem vence e quem perde está em como encara o fracasso. E mais, e em como se assimila as lições aprendidas no decorrer do jogo.

Amanhã independente do resultado como hoje, será uma batalha! Não será fácil, nunca é!!

“Sonhos são como deuses, se você não acreditar neles, eles deixam de existir”

BRASIL NA FINAL
 @brtrinity

sábado, 6 de novembro de 2010

:: A minha, a sua, a nossa e a delas


A SFV passou pela primeira fase com 100% de aproveitamento, e iniciou a segunda embalada. Mas todo esse otimismo em volta delas parecia impensado antes do Mundial. Sem Paula e Mari, a confiança na equipe ficou incerta. Normal, afinal são as ponteiras titulares da conquista de Pequim, mas as boas apresentações de Naty e Jaque deram aos desconfiados torcedores amparo na torcida pelo título.

Fico imaginando a expectativa de cada um de nós, a minha era de incerteza, não pela falta de PP e Mari, mas como isso seria absorvido pela equipe, a alternância de levantadoras também me preocupava. Mas como muitos, a dúvida foi embora no fim do 3º set do jogo contra a Itália.

Brasil é a equipe a ser batida!! Não me interessa se Cuba está sem meio time, que a Itália tem brigas internas e que a República Dominicana decepcionou. Time para ser vencedor tem que superar as dificuldades, dar mais do que tem.

Gostaria de saber intimamente o que cada uma das meninas esperava para esse Mundial. Como cada uma projetou a sua participação e como isso influencia no coletivo. Equipes vencedoras têm como característica a unidade de pensamento em prol do objetivo maior.

Brasileiro é antes de tudo um otimista, às vezes sem memória é verdade, mas guerreiros, afinal somos brasileiros e não desistimos nunca.

@brtrinity