quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Diário de uma viagem - Goiânia/Rio de Janeiro


A realização dos meus maiores sonhos

26/01 – 31/01


1- Introdução: Antes do embarque

Logo depois a derrota do Brasil para a Rússia no Mundial, o choro de Sheilla me fez crescer ainda mais a vontade de vê-la pessoalmente. Meu coração apertava, a vontade era gigante e o sonho logo pareceu próximo de ser realizado.

Pedi a minha mãe para ir a BH assistir dois jogos do Unilever, um contra o Minas e outro contra o BMG/Mackenzie. Ela incrivelmente cedeu, mal acreditei. Estava tudo quase certo, sonhei várias noites com os jogos e o encontro. Acabei descobrindo que a prova final de anatomia era no meio dos dois jogos. Tive a capacidade de ir até a minha professora de anatomia, perguntar-lhe se não havia como mudar a data. Ela disse que só poderia mudar se todos os alunos autorizassem por escrito. Aquilo seria impossível que conseguisse. Acabei por chorar a sua frente e não me contive durante a aula também. Foi péssimo. Acabei por desistir. Mais não de ver os jogos de vôlei e conhecer a Sheilla. Se tem uma coisa que sou, é persistente. Não desisto fácil do que quero.

Parti para o plano B, logo após a desistência de BH, final de novembro mesmo. Taty, Rapha e Maria Clara haviam combinado de irem aos jogos do Uni no Rio de Janeiro, dois dos mais aguardados: contra o Pinheiros e contra o Osasco e haviam me chamado. Queria muito ir, desde pequena sonhava em conhecer o Rio e não haveria oportunidade melhor que esta, porém a missão seria bem mais complicada, minha mãe não deixaria tão fácil. Tive que implorar e chorar MUITO, até que enfim ela decidiu que ficaria em minhas mãos a decisão. Ora me decidia ir, ora não queria mais. Tive medo. Medo de enfrentar tudo que só via pela tv ou internet e mesmo de que algo desse errado e me arrependesse.

Viajei no Natal para a chácara do meu tio. O ‘mato’ me ajuda a clarear as idéias e pensar melhor. Decidi. Eu precisava realizar esses sonhos. Caso não conseguisse... bola pra frente e tentaria quantas vezes fosse necessário. Comprei as passagens dia 27, assim que voltei a Goiânia. Procurei os amigos que curtem vôlei por aqui, que acreditem ou não, não são poucos. Mais não consegui ninguém que pudesse ir comigo.

Dia 28 (se não me engano) foi um dia complicado. Estava eu combinado com a galera de São Paulo de irmos aos jogos, descobri até que haveria a etapa do Circuito de Vôlei de Praia na mesma época que eu lá estaria, nem acreditei em tal sorte. Eis que recebo um telegrama: havia passado no concurso dos Correios que havia feito e deveria comparecer dia 04/01. Fiquei com o coração na mão, achei que o Rio tinha acabado pra mim. Fiz os exames, tudo que pediram e fiquei aguardando.

Uma semana antes do dia 26 não haviam chamado ainda e as esperanças cresciam. Na sexta perguntei pra minha mãe se iria me deixar ir mesmo, ela tinha quase que esquecido da viagem e a partir daí foi o momento mais difícil. Ela não queria que fosse, disse que estava com medo, brigamos MUITO, quase nem nos falávamos, estava novamente vendo o sonho cair por água abaixo. Foi difícil, muito difícil. Fiquei MEGA chateada, pelo fato que não entendia que todos os meus sonhos poderiam se realizar naquela viagem.

No domingo, dia 23, meio que fizemos as pazes e voltei a insistir sobre ir ao Rio. Ela pareceu mais aberta a me ouvir e despejei tudo. Disse que meu maior sonho era ver a Sheilla, Fabíola, o maior clássico da Superliga Feminina e que ainda iria ter os jogos de vôlei de praia, que necessitava ver a Maria Elisa novamente e falar com o Harley. Minha mãe disse que iria fazer o possível, mais que ao mesmo tempo queria e não queria que eu fosse. Complicado.

Só sei que só tive certeza que iria viajar, na terça a noite.

Não. Acho que na verdade só tive certeza na quarta, quando estava no aeroporto.

2 comentários:

  1. Nossa Luciana..
    já te falei uma vez.. PArabéns viu

    espero q eu consiga, como vc, conhecer a Sheilla e Mari.. e que eu consiga ir para a Final em Minas..

    e mais uma vez parabens pela aventura

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