segunda-feira, 22 de setembro de 2014

:: O VALOR DE UM VICE

Confesso logo de cara que não consigo entender a “onda pessimista” que se instalou após a derrota do Brasil na final do Mundial. O Brasil perdeu por 3x1 para a Polônia (25x18, 22x25, 23x25 e 22x25), foi a quarta final consecutiva em mundiais.

Não dá para vencer sempre!

O vôlei masculino nos acostumou muito mal. A soberania desses quase 14 anos nos deixou exigentes, um vice, uma prata é visto por alguns como fracasso.

Eu não acho! Nesse período foram 3 finais olímpicas (1 ouro e 2 pratas), 4 finais em mundiais (tri-campeonato, 1 vice), 8 ligas mundiais, 3 copas do mundo, 2 pan-americanos.... e muito mais.

O time do início do trabalho para hoje mudou completamente, e segue se renovando, segue aparecendo novos talentos, e ainda sim o Brasil não sai do pódio das competições mais importantes.

Isso é fracasso? Isso é trabalho, isso é planejamento, isso é sucesso!

Fonte imagem: Twitter @FIVBMensWCH
Percebi nos torcedores que acompanham mais de perto o vôlei, um misto de conformismo com uma ânsia de mudança total, naqueles torcedores que veem os jogos do Brasil esporadicamente, (vamos colocar assim) uma aceitação melhor do resultado.

Achei que seria o inverso.

Acho que o 7x1 da Copa jogou uma sensação no ar tipo, “nada pode ser mais humilhante. O Brasil perdeu em pé, na bola. Um resultado absolutamente normal, a Polônia não é azarão.

Quem viu o início desse ciclo, quem viu essa equipe no início da Liga Mundial desse ano, concorda comigo.... o Brasil parecia outro nesse Mundial.

Gosto de uma frase de Bernardinho: “Trabalhe para resistir e responder à altura a todos esses novos desafios”.

Esse é o caminho, apesar do revés na final, confesso que minha expectativa para Rio 2016 melhorou! Sim eu tinha dúvidas!

O Brasil pode não ter o melhor atacante, o melhor levantador, o melhor líbero, o melhor oposto, mas enquanto equipe, time.... pode bater qualquer seleção do mundo, o conjunto é determinante.

E mais, o Brasil tem um diferencial importante: Bernardinho e sua competente comissão técnica.

Mesmo com esse vice e  com todas essas questões fora da quadra, o Brasil é referencia, é parâmetro para o mundo.

Isso não é fracasso!

Como declarou o Bernadinho: “É uma lição”!

Agora é aprender com isso e recomeçar, em 2015 tem Pan e em 2016 tem Olimpíada.


A história do vôlei brasileiro já nos ensinou “jamais duvidem de um time treinado pelo Bernardinho”!

Cristine Vigato Sepini

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