Confesso logo de cara que não
consigo entender a “onda pessimista” que se instalou após a derrota do Brasil
na final do Mundial. O Brasil perdeu por 3x1 para a Polônia (25x18, 22x25, 23x25 e 22x25), foi a quarta final
consecutiva em mundiais.
Não dá para vencer sempre!
O vôlei masculino nos acostumou
muito mal. A soberania desses quase 14 anos nos deixou exigentes, um vice, uma
prata é visto por alguns como fracasso.
Eu não acho! Nesse período foram 3
finais olímpicas (1 ouro e 2 pratas), 4 finais em mundiais (tri-campeonato, 1
vice), 8 ligas mundiais, 3 copas do mundo, 2 pan-americanos.... e muito mais.
O time do início do trabalho para
hoje mudou completamente, e segue se renovando, segue aparecendo novos
talentos, e ainda sim o Brasil não sai do pódio das competições mais
importantes.
Isso é fracasso? Isso é trabalho,
isso é planejamento, isso é sucesso!
Fonte imagem: Twitter @FIVBMensWCH |
Percebi nos torcedores que
acompanham mais de perto o vôlei, um misto de conformismo com uma ânsia de
mudança total, naqueles torcedores que veem os jogos do Brasil esporadicamente,
(vamos colocar assim) uma aceitação melhor do resultado.
Achei que seria o inverso.
Acho que o 7x1 da Copa jogou uma
sensação no ar tipo, “nada pode ser mais humilhante. O Brasil perdeu em pé, na
bola. Um resultado absolutamente normal, a Polônia não é azarão.
Quem viu o início desse ciclo,
quem viu essa equipe no início da Liga Mundial desse ano, concorda comigo.... o
Brasil parecia outro nesse Mundial.
Gosto de uma frase de Bernardinho:
“Trabalhe para resistir e responder à altura a todos esses novos desafios”.
Esse é o caminho, apesar do revés
na final, confesso que minha expectativa para Rio 2016 melhorou! Sim eu tinha
dúvidas!
O Brasil pode não ter o melhor
atacante, o melhor levantador, o melhor líbero, o melhor oposto, mas enquanto
equipe, time.... pode bater qualquer seleção do mundo, o conjunto é determinante.
E mais, o Brasil tem um
diferencial importante: Bernardinho e sua competente comissão técnica.
Mesmo com esse vice e com todas essas questões fora da quadra, o
Brasil é referencia, é parâmetro para o mundo.
Isso não é fracasso!
Como declarou o Bernadinho: “É
uma lição”!
Agora é aprender com isso e
recomeçar, em 2015 tem Pan e em 2016 tem Olimpíada.
A história do vôlei brasileiro já
nos ensinou “jamais duvidem de um time treinado pelo Bernardinho”!
Cristine Vigato Sepini
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