Acho que não houve um amante do vôlei
que hoje ao ler a notícia sobre o corte de da Juliana do vôlei de praia não
ficou estarrecido. Ela não é a primeira a ser “punida” por falar o que pensa, e
pelo andar não será a única. O órgão máximo do vôlei nacional a “puniu” por ela
não aceitar as novas regras, balela.... a puniu porque ela simplesmente disse o
que pensa sobre tema.
Por um momento achei que fui “teletransportada”
a 1968, baixaram um AI-5 no vôlei nacional e não informaram? A nota passou
batida por mim... desculpem, falhei!
Eu não sou jornalista, sou amante
do vôlei, o esporte que tanto me enche de orgulho e me traz tantas alegrias
esta se tornando o que afinal?
A confederação ADORA alardear aos
quatro cantos do mundo “o vôlei é o esporte coletivo que mais trouxe títulos
para o Brasil nos últimos 25 anos”. Ok, é isso mesmo!!
Esse sucesso todo obviamente se
deve a infraestrutura que tem, mas também meus queridos se deve ao talento.
Ao talento de atletas como: Bernard,
William, Xandó, Renan, Vera Mossa, Isabel, Ida, Ana Richa, Jackie Silva,
Venturini, Ana Moser, Leila, Tande, Giovani, Negrão, Márcia Fú, Adriana Behar,
Shelda, Virna, Monica Rodrigues, Adriana Samuel, Sandra Pires, Ana Paula, Ricardo,
Emanuel, Giba, Ricardinho, Dante, Gustavo, Bruninho, Sheilla, Fofão, Fabi, Mari,
Juliana, Larissa, Marcio, Alisson, e mais inúmeros que aqui não cito.
Atletas que doam (doaram) a vida
ao vôlei, que vivem (viveram) para o vôlei do e vôlei. Dignos de nosso apreço e
respeito.
Sabe a máxima, “eu poderia ser a
pessoa mais legal do mundo, mas preferi ser eu mesma”. Pois é Juliana preferiu
ser ela mesma, e pagou caro. Ela perde, mas quem perde mais é o Brasil!
Entristece-me saber que esse tipo
de atitude esta ganhando adeptos dentro do vôlei, as ameaças veladas, a punição
por falar o que pensa.
Mas vir do órgão máximo do vôlei
nacional é preocupante, pois é o parâmetro para clubes, dirigentes, técnicos.
Estão respaldando a atitude. Abre um precedente onde o atleta passa a não ter
voz, a ele cabe apenas é tão somente obedecer cegamente.
E eu achando que para defender o
Brasil você teria que se destacar, se dedicar, trabalhar, enfim fazer por
merecer dentro das quadras, sou boba mesmo, a linha de corte é saber brincar de
“Jogo do contente”.
E por favor, me deem o direito de
estar decepcionada com a atitude da confederação. Porque os “anos de chumbos”
já acabaram, lutaram muito pra isso.
E eu vivo num país LIVRE, onde a LIBERDADE
DE EXPRESSÃO esta garantida na Constituição Federal!
#PorJulianaNaOlimpíada2016!
Cristine Vigato Sepini